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terça-feira, 1 de março de 2011

Masturbação

Bom vou falar sobre um tema que eu mesmo já li em vários lugares diferentes.

A masturbação é o ato da estimulação dos órgãos genitais, manualmente ou por meio de objectos, com o objectivo de obter prazer sexual, seguido ou não de orgasmo, sendo uma prática sexual não-penetrativo. Podendo ser auto aplicada, quando o que promove a estimulação é o mesmo que a recebe ou pode ser aplicada a uma pessoa diferente, quando o que promove a estimulação o promove em outro.

História


Gravura em uma cratera grega retratando a masturbação de um sátiro, do século VI a.C.

Cintos de prevenção contra o onanismo; imagem publicada em 1921.

De Figuris Veneris, de Édouard-Henri Avril.
Registros de que o Homo sapiens se masturbava são datados da era paleolítica há 10000 a.C., com inscrições feitas por homens primitivos mostrando figuras de masturbação solitária, coletiva ou como parte de rituais.
Na Grécia Antiga, de moralidade sexual muito livre, comparada à Ocidental atual, a masturbação era um ato sexual usual e aceito como natural.
No Antigo Egito a masturbação era uma prática coletiva feita em santuários de adoração as divindades como o Atum e as mulheres quando morriam eram mumificadas com os objetos fálicos utilizados por elas, uma espécie de vibrador de argila.
Os Maias também possuíam rituais de masturbação e desenhavam esses rituais em pedras que são encontradas hoje em ruínas.
Os Indianos tinham a crença de que a masturbação acarretava perda de energia vital e evitavam a prática para se sentirem mais fortes. O esperma era considerado o elixir da vida e deveria ser conservado dentro do corpo o maior tempo possível. Essa crença se deve a substância cadaverina presente tanto no esperma como na putrefação de cadáveres, dando a estes aromas semelhantes. Veio daí a crença de que a masturbação deixa as pessoas fracas e poderia levá-las até a morte. Nesse contexto se desenvolveu o sexo tântrico e a masturbação tântrica.
No Império Romano, era comum o homem se masturbar horas antes da relação sexual para retardar a ejaculação no coito com a parceira. Esta prática é indicada até hoje para o tratamento de ejaculação precoce.
Com a chegada da cultura judaico-cristã no Ocidente, iniciou-se um processo de repressão, por motivos morais e religiosos. Nomeadamente, o desperdício voluntário de esperma (ou sémen) era pecado grave, punido, algumas vezes, até com pena de morte. Este fenómeno teve dois grandes responsáveis: a Igreja Católica e a Medicina.
A Igreja Católica, através do teólogo São Tomas de Aquino, classificou-a como um pecado contra natureza, mesmo pior do que incesto. Ele se baseava na interpretação da narrativa (critica-se, errónea) do Antigo Testamento sobre Onã. A descoberta do espermatozóide, em 1677, motivou a Medicina a se associar à Igreja Católica para qualificar a masturbação como uma doença abominável e um mal moral, uma vez que o espermatozóide veio a ser considerado como um bebe em miniatura.
A repressão da masturbação foi, consequentemente, a regra nos Séculos XVII a XIX. Era vista como uma doença que provocava distúrbios do estômago e da digestão, perda do apetite ou fome voraz, vómitos, náuseas, debilitação dos órgãos respiratórios, tosse, rouquidão, paralisias, enfraquecimento do órgão de procriação a ponto de causar impotência, falta de desejo sexual e ejaculações nocturnas e diurnas. Em 1758, Samuel Auguste Tissot publica o "Ensaio sobre as doenças decorrentes do Onanismo", em que diz que esta doença ataca os jovens e libidinosos e, embora comam bem, emagrecem e consomem seu vigor juvenil.
Criaram-se mitos anti científicos fortemente negativos acerca da prática da masturbação, visando a desencorajar o acto nos jovens ainda em desenvolvimento psicossexual, o que levou a muitos casos de complexos de culpa, medos e recalcamentos. Vários mitos populares que visam desencorajar a prática da masturbação remontam aos séculos XVIII e XIX, quando a sociedade europeia promoveu a censura da sexualidade.
No entanto, no início do século XX, surgiram novos estudiosos com Sigmund Freud, Kraft-Hebing e Havelock Ellis, com novas linhas de pensamento que levaram a uma visão diferente da masturbação.
O peso histórico da carga negativa e pecaminosa desta actividade ainda existe nalgumas pessoas, inibindo-as da vivência plena da sua sexualidade ou mesmo atrofiando o seu natural desenvolvimento psicossexual. Atualmente, o novo Catecismo da Igreja Católica classifica-a de "desordem moral" a ser vencida pelo crente. O ato é ainda é condenado pelas religiões evangélicas.
No final do século XX foi criado um consenso por profissionais de saúde de que masturbação é sadia, e com o advento da especialização académica da sexualidade o ato é defendido por especialistas como parte do desenvolvimento sexual de uma pessoa normal. O mercado de vibradores e estimulantes ao ato vem crescendo no mundo todo com lojas na Internet.
Recentemente, estudos mostraram que a masturbação pode prevenir o câncer de próstata nos homens e aliviar os sintomas de depressão.

Técnicas

Masculina


Masturbação masculina.
Existem variações sobre masturbação, que depende de vários fatores, e cada técnica é individual. A maioria dos homens se masturbam ao agarrar o pênis com a mão, passando de cima para baixo ou de trás para a frente, dependendo da posição do indivíduo. Outros, que não utilizem todo o lado aderência, pressionam a região do frenulum entre os dedos indicador e medio e o polegar pelo outro lado. Outra técnica é usar duas mãos sobre o pênis, enquanto uma só esfrega seu pênis com um lado e outra estimula os testículos ou mamilos, entre outras partes do corpo.
Os homens não circuncidados, normalmente, não requerem o uso de lubrificantes, uma vez que o prepúcio atenua os efeitos da fricção direta sozinho. Embora esse sentimento é usado para adicionar à sua atividade. O uso de lubrificantes é mais comum entre os homens que têm pênis circuncidado, a fim de facilitar o deslizamento da mão sobre a glande. Existem aparelhos mecânicos e elétricos para os homens se masturbarem, como bonecas infláveis, vaginas artificiais, bombas de vácuo, etc. Homens também podem utilizar vibradores, concentrando a sua atividade na região do frenulum.



O frênulo do pênis, frênulo prepucial ou chamado de "freio" do pênis é uma prega de pele de forma triangular que localiza-se na porção inferior da glande e faz a ligação da pele do prepúcio à glande do pênis. Muitas vezes ele se rompe durante a relação sexual. Coisa normal quando o frênulo causa incomodo na hora da relação sexual ou na exposição da glande (cabeça do pênis), mas se ele não causa dor durante relações sexuais ele pode não se romper, o que é completamente normal. Em alguns casos o frênulo pode ser muito curto e atrapalhar nas relações sexuais, esta pele, quando curta, às vezes pode ocasionar uma curvatura ventral (para baixo) do pênis e também causar certa dor quando ocorre a ereção. Muitas vezes não é necessária a cirurgia, pois essa pele pode, com o tempo, “lacear” ou até mesmo “esticar” e não curvar mais o pênis e nem doer, ou até mesmo romper-se. Mas há uma cirurgia para alongamento ou retirada do frênulo, chama-se frenuloplastia.


Feminina


Masturbação feminina.
A técnicas de masturbação feminina  constitui que a mulher pressione e/ou esfregue sua vulva, especialmente o clítoris, com o seu dedo indicador e/ ou dedo médio. Às vezes, um ou mais dedos podem ser inseridos na vagina para promover a estimulação interna. A masturbação pode ser auxiliada com um vibrador, dildo ou bolas Ben-wa, que também pode ser usado para estimular a vagina e o clitóris.
No caso da masturbação praticada pelas mulheres quase sempre predominou uma maior repressão por parte da sociedade em relação à masturbação masculina, o que se enquadra no contexto da sexualidade feminina.
Sempre existiu o temor de que se uma adolescente masturbar-se com objetos poderia perder sua virgindade, o que não é verdade, embora em raríssimos casos possa ocorrer uma ruptura do hímen.
No entanto, a masturbação feminina tem representado uma espécie de libertação sexual e de alívio para muitas mulheres. Seja na busca do orgasmo que nem sempre é alcançado numa relação sexual com o parceiro ou então para o conhecimento do próprio corpo e até mesmo para preencher os momentos de solidão. Serve também como um complemento após o coito já que o prazer feminino é contínuo e mais longo do que o orgasmo masculino, o qual termina com a ejaculação.
Assim, é possível que o sentimento de superioridade machista, ao lado das idéias religiosas, tenha reprimido tão severamente a masturbação das mulheres até os dias de hoje.
Atualmente, muitos casais têm experimentado na masturbação mútua uma nova forma de prazer sexual. Seja como um método contraceptivo no período fértil da mulher ou para diversificar as relações sexuais, inclusive como uma preliminar, pois tem-se verificado que a observação de atos masturbatórios praticados pela mulher pode ajudar na excitação do homem.
Sabe-se também que o tempo gasto numa masturbação feminina pode ser bem mais longo e muito mais intenso do que numa relação sexual com penetração, embora nem sempre a mulher tenha vontade de procurar o prazer sexual tocando no próprio corpo. E, ao contrário da masturbação masculina, em que o desejo sexual pode diminuir após a ejaculação, muitas mulheres ficam até mais excitadas depois que se masturbam, ao invés de se sentirem aliviadas, tornando-se, portanto, uma preparação para o sexo penetrativo.

Origem do termo "onanismo" e sua crítica


Johann Nepomuk Geiger, em Aguarela, 1840
Embora se use frequentemente o termo onanismo quando se fala da masturbação, muitos consideram-no inapropriado.
Segundo o relato bíblico, Er, o primogénito de Judá, teria sido executado por Deus por um motivo grave não mencionado. Como ele não tinha descendência, Judá, seu pai, mandou que Onã, o segundo filho, realizasse o casamento de cunhado (ou casamento levirato) com Tamar, viúva de Er (Gênesis 38:6-8). Assim, se tivessem um filho, a herança de primogénito lhe pertenceria como herdeiro legal de Er. Se não tivesse um herdeiro, Onã ficaria com a herança de primogénito.
Ao ter relações sexuais com Tamar, o texto bíblico diz que ele "desperdiçou o seu esperma na terra", em vez de inseminá-la. Deste modo, acredita-se que não se tratava de um acto de masturbação por parte de Onã, considerando que o relato diz que ele "teve relações com a esposa de seu irmão", apenas evitando que houvesse a concepção, de modo o que pode ter acontecido de fato seria um caso de coito interrompido. Onã, que não tinha filhos, terá sido executado por Deus por causa de sua cobiça e desobediência deliberada (Génesis 38:9-10).
Todavia, a incorreta associação entre o pecado de Onã e a masturbação tem sido utilizada até hoje por alguns religiosos para justificarem a existência de respaldo bíblico a fim de condenarem prática.

A masturbação e as religiões


Diferentemente da moral judaico-cristã, o paganismo geralmente tolerava a masturbação e até incluía essa e outras práticas sexuais em seus cultos a determinadas entidades relacionadas ao amor e à sexualidade.
No entanto, grande parte dos rabinos, padres e pastores protestantes condenam a masturbação considerando-a um pecado. E, em épocas bem recentes, vários papas já se posicionaram contra a masturbação.
Em geral, a maioria das igrejas cristãs são aversas à masturbação e poucos são os teólogos que não condenam a prática. Os que adotam um posicionamento mais tolerante afirmam que se Deus não proibiu expressamente a masturbação, o homem não teria poderes para criar um mandamento novo.

Interpretações baseadas na Bíblia

Para muitas religiões cristãs, a Bíblia é considerada a fonte dos mandamentos que devem ser praticados pelos fiéis.
Hoje em dia, embora a maioria dos teólogos e doutrinadores do cristianismo não se baseiem tanto na experiência de Onã, busca-se em outras passagens quais seriam os fundamentos para proibirem a masturbação.
Uma das referências bíblicas estaria no Sermão da Montanha, quando Jesus afirmou que o homem que olhasse para uma mulher com intenção impura no coração já teria adulterado com ela.
Fundamentam também nas recomendações de Paulo que, em uma de suas epístolas, escreveu que tudo o que fosse puro ocupasse o pensamento dos cristãos.
Assim, o fundamento atual defendido por católicos e protestantes estaria mais no desvio do pensamento do que na ejaculação em si.
Já no Antigo Testamento, a lei mosaica tinha recomendações sobre a purificação do homem quando tivesse alguma polução noturna, o qual deveria banhar-se em água e ficaria impuro durante um período, tal como a mulher em seu período menstrual. Também as relações sexuais obrigavam que o israelita religioso se purificasse para participar de determinadas ocasiões religiosas.
Deste modo, é possível que os judeus tivessem associado as recomendações de higiene na ejaculação involuntária do sêmen com a masturbação.

Fonte: Wikipédia
Edição: Beto

Bem masturbação é muito bom para nos auto conhecermos e sabermos o quanto nos gostamos do prazer.


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